Ausência

AUSÊNCIA

Corações que buscam se encontrar, diante de emoções que teimam em se fechar.

Não falam de seus sonhos e planos, estão sempre a esperar que tomem o caminho que dele teima em se esconder.

As palavras que devem ser emitidas borbulham diante de seus lábios, mas os mantém aprisionados lutando por uma réstia de coragem pra alargar o coração, agora aos supetões dizer aquilo que envolve sua razão.

Amor escondido ou se dito sempre sem a coragem de rasgadamente abrir seu sentir e se mostrar, pois o medo oculto, que jaz trás a mornidão de uma ilusão, se perder o pouco que tenhe-se como viver então?

Objetar continuar a longa espera, um dia a coragem vem ou então vai se perceber que o tempo que por entre sensações e medos passados não trouxe a paixão tão aguardada.

Ansiavas por um rasgo de coragem, mas novamente o medo de o pouco de atenção que ainda tem se perder, ou ainda olha a sua volta e compara-se aos demais que livres são e sentem de antemão a sensação de não poder resolver tal situação, arriscar-se então dizendo que existe uma ferrenha disposição até de perder o pouco que tenho, se não puder lhe ter.

Pois o que sinto não pode se contentar com as pequenas fagulhas de emoção de querer te todo podendo então se extasiar nesta paixão, onde as correntes que prende a emoção já não são suficientes para conter toda sensação que teima em esgueirar-se trazendo uma urgência que quer se delatar.

Dizendo que o amor quer te alcançar e dizer-te te amo, te quero, te desejo.

Anseio por estar em seus braços e enfim contemplar o gozo em seus olhos que refletiram os meus ante o despertar de uma tamanha paixão, que se não se mostrar pode matar, os sonhos, desejos, de ser amada e te amar pra juntos viver essa plenitude que ainda teima em não se mostrar.

Cleuza Azevedo de Almeida
Enviado por Cleuza Azevedo de Almeida em 19/07/2006
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