A dor geralmente faz-me voltar à minha realidade, ao mundo que é próprio do meu cotidiano, confuso e cheio de lamentações passadas. Não me digas que devo olhar para o futuro, se meu corpo é que dói e não o seu, pois a dor é de quem sente, a carne é viva, composta da alma que ainda se espreme nela... Ultimamente resumo meus dias em coisas caseiras, acordar, preparar o café, sentir o seu aroma, degustá-lo enquanto reflito sobre a vida, lamento meus erros, anseio pelas oportunidades de acerto, saio para o trabalho, volto do trabalho, continuo com minhas reflexões dolorosas, sem entender o porquê de tudo isso... Se há cor dentro, não há fora e se há fora, não há dentro... Vamos chegar em um acordo? Temos a cor da dor...