(...) 03 de fevereiro de 2005, 01h10m (madrugada)

(Brigando com a Internet, procurei escrever alguma coisa para não me aborrecer e conseguir dormir em paz).

Talvez a felicidade esteja nas pequenas coisas de nossas vidas, o problema é que nem sempre elas são visíveis ou perceptíveis no cotidiano. Aquela discussão da semana passada, não foi esclarecida. Ficou armazenada na memória esperando o momento de reaparecer. Tornou-se uma pequena coisa, incômoda e inconveniente. Capaz de derrubar o êxtase de felicidade momentâneo daquela consciência, antes leve, agora mais pesada por causa da lembrança. Essa mesma, muitas vezes confundida com a saudade.

Saudade é uma lembrança incômoda, no entanto, menos inconveniente que um assunto mal-resolvido. É parte de uma realidade que se condensa na memória e chega através do coração, ocupando todo o seu espaço, apertando-o bem forte. Certas vezes, provoca lágrimas; já outras, sorriso. Mas é sempre uma pequena coisa latente, presente em qualquer indivíduo que possua coração. A saudade é sempre uma lembrança, mas uma lembrança nem sempre é uma saudade.

Buscar na memória algo que sustente a felicidade em um momento ruim, não é uma tarefa muito fácil. Nessa hora, observar os mínimos detalhes é imprescindível, pois assim há chances de encontrarmos as tais pequenas coisas responsáveis pela felicidade.

Um abraço confortante, além de aquecer, também é fonte de felicidade. Bem como um carinho, um afago, um olhar, uma palavra doce. Estas coisas não podem ser consideradas pequenas. Fazem parte dos sentimentos e da vida e, portanto, são grandiosas, tal a sua importância para a sobrevivência espiritual e moral.

(Bom, não sei qual é a conclusão disso, mas acho que a interpretação é livre, varia de acordo com o momento de vida).

Lory
Enviado por Lory em 02/08/2006
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