Primeiro Encontro Perfeito?

Lá estava eu no meu perfil em uma rede social, constatando que ele estava desatualizado. Resolvi reeditá-lo.

Tudo muito bem, nunca tive problemas em me autodescrever. Mas ai eu cheguei ao campo, na área pessoal, em que havia a seguinte questão: "Como seria um primeiro encontro perfeito". (ou algo assim)

Essa pergunta me fez pensar. Foi a mais difícil de responder.

Primeiro imaginei as cenas mais românticas possíveis, minha mente indo desde meus lugares favoritos daqui de São Paulo à Veneza e Escandinávia.

Pensei mais racionalmente depois e imaginei cenas descontraídas e dentro de minha realidade atual, com ótimas conversas e muito bom humor em algum restaurante ou barzinho interessante.

Mas então algo ocorreu! Do mar de pensamentos sobre o assunto emergiu outro, mais profundo, muito mais forte...

No fim, parando para pensar, é errada toda essa fixação pelo primeiro encontro. Errada e desnecessária.

Primeiro encontro e primeiras vezes... São fáceis!!

É verdade que “você só tem uma chance de deixar uma primeira impressão”, mas se a pessoa já aceitou ter esse primeiro encontro significa quase sempre que já tem uma boa imagem de você. Ai é apenas não fazer nenhuma grande bobagem e estragar isso.

No mais, é fácil porque nessas primeiras vezes cada um mostrará apenas o seu melhor. Ambos procurarão serem agradáveis, delicados, atenciosos e interessados em ouvir e compreender. Estarão bem arrumados, educados e tudo o mais a que se tem direito. Onde está a dificuldade em apreciar apenas os melhores lados das pessoas? Eu sei que posso encantar alguém se permitir que apenas minhas melhores qualidades apareçam, e você também!

Pensar nisso me obrigou a refletir novamente sobre o que realmente quero encontrar no amor.

Eu quero algo mais difícil. Não me importo com um primeiro encontro perfeito facilmente alcançável.

Eu quero é um 1.000º encontro perfeito! Quero romantismo, carinho e atenção mútuos depois que as máscaras caírem, deixando que os verdadeiros lados sombrios de ambos sejam perfeitamente conhecidos. Depois de algumas irritações e pequenos desapontamentos inevitáveis, depois disso tudo, eu ainda quero ser capaz de ter um “encontro perfeito”.

Eu sei que é difícil, eu sei, mas é inevitável ter esse ousado desejo... Sei que terei que fazer sempre um grande esforço para ser capaz de escolher bem e depois cumprir satisfatoriamente a minha parte no relacionamento, e não me iludo achando que não precisarei fazer esforço.

Mas fazer o que... Não consigo deixar de concordar com Winston Churchill, que certa vez falou: “Eu não sou exigente, eu me contento facilmente com o que há de melhor”.