Reconfiguração!

Diante de tantos tropeços, tantas quedas, machucados, feridas, curativos, cada vez que eu me reerguia isso acontecia comigo perdendo os pedaços de mim que ficavam pelo meio do caminho, isso mesmo reconheço que eu me repudiava, um abandono próprio, por me doar e não me proteger, sem me perdoar por sofrer, então em seguida vinha o desejo de me resguardar de novas pessoas... Mas o ser humano é um ser social e ninguém pode ser feliz sozinho, além do mais têm pessoas que parece que batem a sua porta e dizem “Olá! Prazer em lhe conhecer, Deus me enviou”, ou ainda outros que delicadamente e discretamente trazem a chave, aquela acionador que abre a melhor porta de nossos corações e cumprimentam nossas emoções e você percebe que sua vida ficou melhor com a tal chegada. Hoje me levanto de uma queda, limpo meus joelhos para novas caminhadas e trago na bagagem os meus cacos, pretendendo lapidá-los e construir com eles melhores estruturas para o meu ser, me fazer mais forte e mais capaz. Sintomas de resiliencia?! Estou começando a acreditar que sim! Mas cuidado apesar da inerente necessidade de parceria, não podemos viver bem se somos acompanhados de pessoas que prejudicam sua saúde (emocional, psíquica e muitas vezes abrangendo a física) precisamos ser seletivos, não que o ser humano seja descartável, não quero dizer para fazermos reciclagens “esse serve, esse não serve”, acredito que todos os seres humanos servem tanto para serem servidos, quanto para servir, mas nem todos os seres humanos se encaixam, logo é preciso considerar as afinidades. O ser humano tem seu valor, mas alguns se sintonizam melhor com uns do que com outros, não adianta nos pressionarmos ou pressionarmos ao outro, será uma construção não edificante e desgastante, você sentirá a leveza de uma estrutura sólida quando a harmonia tocar você e o ser que o acompanhará e então seguirão com uma naturalidade de pessoas que se reconheceram nesta jornada.

(28/04/2010)