O meu cachorro

Bob era o nome do meu cachorro.

Ele sempre foi muito querido na minha casa, principalmente por minha esposa e minhas filhas. Eu sempre gostei muito dele, mas não gostava de vê-lo dentro de casa. Afinal, dentro de casa não é, no meu entender, lugar para cachorro.

Mas o Bob morreu. Ele foi atacado por outro cachorro, presente de uma madrinha da minha filha mais velha, que nós trouxemos para nossa casa.

A perda dele está trazendo uma grande tristeza para mim e um sentimento de culpa, por não tê-lo tratado melhor, enquanto vivo estava.

Sempre procurei fazer as coisas da forma como entendia que deviam ser feitas. Muitas vezes, nem me importei com as pessoas a minha volta. Estava feliz com o meu agir. Descubro que isso não me tem trazido muitos motivos para felicidade. Às vezes, perde-se muito tempo com coisas que não têm nenhum valor, deixando de lado aquelas que realmente importam. Deus acima de tudo. Depois, minha amada e querida esposa e minhas filhas, que são verdadeiros presentes de Deus.

É uma boa oportunidade para reflexão e também para mudança de atitudes.

O mundo não acabou porque o Bob morreu, mas perdeu um pouco do brilho. Não posso mais olhar aqueles olhinhos de piedade, com os quais ele sempre me olhou, como se pedisse apenas para que eu o tratasse melhor e dele cuidasse com mais carinho.

Os animais são criaturas de Deus e creio que Ele, agora, mais uma vez, cuida do Bob.

Perdoe-me Deus. Perdoe-me Bob.