Encontro

18/05/06

Tão próximo ao nada

Sigo distante de tudo

É que o mundo já me fada

Ao modo que só tenho um vulto

Ando perdido da realidade

Como se uma sombra a vagar

Com o tempo a escorregar

entre meus velhos dedos

Esvaecendo as forças de algo segurar E tudo isso já me põnhe

Um certo e estranho medo

De que possa um dia

Que é sempre o mesmo,

Ver o que não poderia

O que poderia

E que tudo foi feito o contrario

Cansado de não estar onde devo

E devo não estar aqui

Estradas infinitas de lugar nenhum

Que me leva ao tédio

De um sorriso amarelado

Entre quatro paredes companheiras

O que será do que não sou?

O que desencontrará meus passos imóveis?

Nem posso falar ao menos que já me vou

Porque ando impossivelmente fora

Das possibilidades de algum lugar

Pensamentos em vão

Sentimentos inexistentes

Não há mais emoção

Exausto da nada a minha frente

------ --- --Marcos Rosa

Marcos Rosa
Enviado por Marcos Rosa em 31/08/2006
Código do texto: T229185