Minha paixão é uma droga!

Normalmente os pensamentos que eu posto aqui, são úteis, eficientes, dramáticos, ou até despertam reflexões profundas num universo muito além do de uma garota de 15 anos. Ou seja, se você espera ler uma reflexão profunda, ou qualquer outra coisa fora do universo de uma garota de 15 anos, esse não é o seu lugar.

Mas isso não importa. Hoje eu não quero debater sobre nada que cause polêmica no mundo, porque isso não tem nada haver com as minhas aflições.

Existe coisa pior do que estar apaixonada?

(incógnita)

Quando se fala em paixão, normalmente, logo se vem a mente arco-íris, borboletas, casais no dia dos namorados com as mãos atadas, trocando os sorrisos mais felizes e amorosos, que seria capaz de comover qualquer pessoa, até um desalmado.

Menos eu, óbvio. Para mim isso é uma tortura.

Mas a paixão, que eu quero falar, é aquela que não consegue ser compreendida. A pior das paixões. Aquela que te derruba, te faz chorar.

A paixão, pela qual você se sente absolutamente conectado com uma pessoa que lhe dá as costas ou ri da sua cara.

A paixão, pela qual você morre de vontade de passar cada segundo da sua existência ao lado de alguém. O alguém que nem olha para você.

Essa é a paixão que eu sinto.

Nunca achei que eu fosse muito normal mesmo. Sempre fui o tipo certo de garota errada. Aquela que jamais consegue atingir a perfeição independente de seus esforços.

Nunca achei que um dia iria suspirar atrás de um livro por um garoto popular.

Mas que surpresa, isso aconteceu!

Claro, claro. Existe uma voz no meu subconsiente, ou consiente meu, que diz que isso vai passar, que como qualquer um que já esteve na adoslêcencia, 9 entre 10 garotas já passaram por isso.

Mas eu não considero como uma paixão juvenil. Isso é um paradoxo, um paradoxo.

Apaixonar-se por alguém que nunca lhe dirigiu à palavra, ou quando dirigiu foi a coisa mais insignificante na vida da tal pessoa, mas na sua o melhor dia da sua vida.

E quando ele não vem, é como se o meu dia inteiro fosse projetado para dar errado.

Apaixonar-se, tá bom. Isso é até aceitável.

Mas justamente por aquele garoto que a sua MELHOR amiga também está apaixonada! E a sua melhor amiga é 300 vezes melhor que você. > é, minha vida é perfeita!

As vezes eu sinto que sou um pouco dramática. Aqui me lementando por ter uma droga de paixão juvenil não-correspondida, enquanto muitos não tem o que comer, estão presos na dor da perda de um ente querido, estão sofrendo, etc.

Mas é muito pecado pensar que a minha vida é uma tragédia?!!

Pelo menos por um segundo?

É injusto pensar que a minha vida é uma droga, só porque estou apaixonada?

Eu não sei, eu não sei.

E enquanto eu perco as minhas noites, pensando nele, os meus estudos pensando nele, os meus amigos pensando nele, la está ele sorrindo, sem nem se importar com a minha existência!

Dizem que isso vai passar, mas de forma alguma eu acredito.

Talvez seja mais do que a droga da minha paixão juvenil.

Talvez eu esteja amando.

Sabe, quando arrepios percorrem cada extremidade do seu corpo com um único olhar daquela pessoa? Os sorrisos dele lhe fazem vacilar, até se sentir como uma mera mortal indefesa àquele paraíso? Quando você fita cada detalhe perfeito da pessoa cheia de defeitos, e se sente, no auge, no extremo?

Acho que amo.

Amar alguém que não é para se amar.

É, eu não tenho mas para onde fugir. Agora nem sei como devo agir.

Só sei que uma única afirmação prevalece:

Minha paixão é uma droga!

Eu só queria que uma luz divina baixasse aqui para me explicar o que fazer...

Para finalmente sair dessa maré interminável de dúvidas sobre a paixão.

Lívia Rodrigues Black
Enviado por Lívia Rodrigues Black em 16/06/2010
Código do texto: T2323167
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