Razão, emoção. Dor, recompensa.

Difícil tomar decisões cujas origens e repercussões envolvam razão e emoção. Mais confortável talvez seja jogar tudo para cima e seguir sentimentos, em detrimento do que possa vir a acontecer. E mais sensato parece ser medir os possíveis desfechos de cada atitude. Mas por que ser racional quando se percebe que determinado comportamento pode trazer sentimentos de insatisfação, muitas vezes agonizantes? E por que ser sentimental quando as conseqüências podem ser obscuras e incompatíveis com uma vida normal e sem preocupações?

O que fazer? Talvez ser racional até a região limítrofe em que o coração nos permite caminhar sem nos pregar peças? Não. Não existe resposta. Não existe equilíbrio. O que é a vida senão a aplicação do método da tentativa e erro? Ora nos infligimos sentenças praticamente perpétuas. Ora nos surpreendemos com as dádivas que tentativas bem sucedidas podem proporcionar. Como saber? Só com o eterno recurso dos desesperados: o tempo.

Honda
Enviado por Honda em 09/09/2006
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