Salvando o mundo...

O mundo pediu... Das ruas, a fio... Que o vento chegasse... Que as folhas tangenciassem as calçadas... Que corressem valsas... Que "ameduzassem" os cabelos...
Pingos nos olhos cor de mel... Viraram óculos... Viraram adorno de lentes... Vejo, em parte, melhor.
Salvando o mundo, percebi que há gente na rua... "Óh!! Quanto tempo não vejo outras faces, além da minha... Além da tua!..."
Correndo... Correndo... E...  Cheguei... A conclusão que não posso salvar o mundo... Nem um grão de areia. Nem as rodas que norteiam as estradas... Muito menos, esquecer-me da impotência inata...
Tenho o garfo e a faca... Molduro o prato... E... Perdi o fio da meada...
Que o texto brote... Assim... Do jeitinho que eu gosto...
Adoro milagres!
Olhei, em fino acabamento, o meu tormento... Parti, nas linhas de um trem em movimento... ( Ah! Que saudade da época que os trens chiavam baixinho... deixavam espaço para a adrenalina infantil... Dos bancos azuis que guardavam segredos...).
Percebi que a todo o momento brinco em precipícios... Salvando o mundo, não me reconheço... Mas, eu tento.
A rua crescera... Alonguei os papéis que a face dita... E, em meio a tantas perguntas sem respostas, descobri que o mundo precisa ser descoberto... Mas, não por mim... Que seja certo!
Cronometrar, então, as batidas do coração...
Salvando o mundo, descobrimos como somos falhos... Espantalhos...


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