O medo do Desconhecido.

Essa é uma via de regra, com raríssimas excessões.

Sempre que é dado opção de escolha para as pessoas, com uma desconhecida, a maioria das vezes a desconhecida é desprezada, pois o medo de não saber o que poderá vir a acontecer é maior do que o otimismo de poder vir algo de bom.

Isso acontece conosco em todos os momentos da vida. Numa escolha profissional, na vida amorosa, ou em qualquer decisão que temos que tomar. É muito mais fácil escolher a tortura conhecida do que uma felicidade desconhecida.

Por que será que todo temem a morte? Será que se soubessem do que viria após ela, ou se alguém pudesse retornar para contar das belezas desfrutadas após a morte, todos temeriam da mesma maneira?

Ou será que ainda assim se sujeitariam às calamidades da vida, à miséria, às perturbações e aos confrontos que a vida nos traz?

Mas o medo é maior do que a coragem. São poucos que passam dessa vida para a outra sem medo de ser feliz, mesmo sabendo que o futuro é incerto.

E acontece com muitos ainda, ser surpreendido com um novo amor, com uma paixão louca por alguém. E, por não estar à vista dos seus olhos, e não saber qual o futuro que este alguém poderá traçar para a vida, preferem ficar com o dessolador, que traz tristeza e amargura, mas sabe o tamanho da tristeza que é...e se poderá aguentar.

Às vezes deixam escapar as melhores oportunidades da vida, podendo ser feliz ao lado de alguém sensacional. Será que esse amor de repente num era uma passagem de ida para um paraíso desconhecido. E se é paraíso, é felicidade. Será que não deixou escapar das mãos uma felicidade incomensurável, em que faria irradiar nos olhos o que dizia a paixão no coração?

Pois é...e na maioria das vezes as pessoas só descobrem que o desconhecido era melhor quando já conhece, e muitas vezes quando se conhece o desconhecido, e já o desprezou, e descobre que o desconhecido, que agora é conhecido, era melhor, já é tarde demais!