Lúdico

Deixem-me levantar a voz

Alçar meu pensamento

Enviar para longe a última réstia de luz

E porquê

Porque Eu me pergunto

E pergunto a todos vocês

É preciso se ter assunto?

Somos obrigados a saber o que queremos?

O mundo vivo e em sã consciência

E a ira...

DEIXEM-ME TER DIREITO A ODIAR!

E a ter amor pelo que me rege.

Pode entender?

Busque aquilo que sente

E perturbe...e masturbe

Mas não se curve, e que não haja acordo!

Onde estou?

E a ciência explica

Mas não se explica

Eu tenho vontade de falar

E sei que você tem

É difícil ser livre em meio a tantos aprisionados

Há multidões que deliram

Com delírios

Daqueles que tiveram a coragem de delirar

Emprestando sua loucura

A normais...tão loucos quanto os loucos

Mas tímidos e roucos

Lógicos, metódicos, plásticos e interiormente anarquizados!

Ah!

Criatura nefasta, trepassa meu olho

E assusta

E o sexo acusa...e não se fala mais nisso!

É sem sentido

E digo

Entendeu?

Nem eu!

E não quero,

é mistério

E daí que agora

O cansaço devora

E eu devo partir

Para onde, eu não sei,

para onde sou rei

Para onde não preciso prestar conta

E o grito

É meu

E só meu!