DESFRAGMENTAÇÃO



Eu me visto de sonhos
Eu me cubro de desejos
Eu me adorno de ensejos
E trafego entre galanteios e malfazejos
Eu me perfumo de olhares vãos
Eu me penteio com a vaidade da vida
Eu uso o cinto de doces imprecisões
Ou com a angústia dos meus latentes medos
Eu calço o sapato das andanças afãs
Eu caio em desuso a cada atroz segundo
Eu de fato estou só no globo feito moribundo
Eu vivo de utopias que destilam veneno
Entre resquícios e suplícios de frias nostalgias
De coisas que transitam em mim forma abrupta
De algo que mesmo vencido se recusa a perder
E mesmo todo ensanguentado luto até exaustão
Por mais um dia de glória nesse mundo cão.
Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 07/08/2010
Reeditado em 07/08/2010
Código do texto: T2423806
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