Um mundo...

Andei por aí... Olhei as mesmas falhas... Os desconexos caminhos de quem não sabe o que deseja.
O ser humano é assim... Gosta tanto de si, que esquece o que é amar o outro.
Olhei pelas ruas... Não me vejo... Não me sinto... Apenas, ando.
Queria tanto as cores nobres... Os gestos impecáveis de quem flui e não trasborda.
Paisagens... Vi a sombra verde da lua iluminando os passos que dei.
Volto a mim... A mais ninguém.
Sabores... Planos... Enganos destilados em palavras soltas... Em caráter falho... Em mil e uma pessoa, num calendário.
O ser humano anda assim... Galopeia pelas veias... Sai do prumo... Fica só... Perde o rumo.
Os céus, em clarão, avisam-me das mórbidas escolhas. Das atitudes podres...Soltas.
Teço os meus sentidos... Ando em lenços embebidos... Parto na linha do trem em movimento...
Ética... Falei disso... Algo, inevitavelmente, em páginas arrancadas desse carrossel.
Muralhas são construídas pela falta de sinceridade... Assim, anda o homem, pela cidade.
Já não sei o que mais desejo... Talvez, um dia, encontre na primeira esquina o rosto limpo do saber viver.
Ah!... Quantas malícias existem em corações de cobre... De aço.
Ainda assim, olhei o ser humano com os meus olhos... Quem sabe, um dia, aprenda a amar o BEM.


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