SAUDADE DE TER SAUDADE ...

     SAUDADE DE TER SAUDADEs ...

     São Paulo, 14 de agosto de 2010 -15:15hs.


     Hoje, fiquei pensando como é bom ter saudades e até como é saudável. Lembranças são momentos passados, e todos devem ser guardados como experiências enriquecedoras. Afinal, todas as motivações que a vida nos dá são autênticas, ainda que às vezes tentemos premeditá-las; entretanto geralmente não o fazemos, porque os fatos ocorrem muito rapidamente e, quando se percebe, já foi! Já falamos. Já fizemos. Passou...

     Quando digo que tenho saudades de ter saudades, digo a respeito de momentos que por motivos pessoais tive que esquecer certos acontecimentos que, se não foram maduros, fortes, efetivos; foram bons enquanto compartilhados em determinados instantes do espaço e do tempo vivido! Sinto falta da emoção que estes momentos me causavam e não apenas que também me causaram. A emoção é um fato que muitas vezes faz a gente sentir-se vivo, embora em conflito muitas vezes. A emoção do novo, por exemplo, é algo muito excitante e desafiador. A novidade em si, é muito saborosa, principalmente quando nos traz alegria e felicidade! O que não quer dizer que o novo sempre terá que trazer alegria e é esta expectativa do que ela pode nos revelar na inovação, que vem a ser divertido, penso. Porque o desconhecido sempre é motivo de temor, medo, transpiração! O não saber é, de certo modo, assustador, mas traz grande prazer. 

     Talvez seja por isso que estou com saudades, desta emoção! A rotina nos leva para a ausência de saudades. Quando a rotina chega, a saudade parte! Hummm... então o segredo deve ser que eu preciso urgentemente despachar toda a rotina da minha vida. Ela nos engessa demais! Ficamos no automático e esquecemos de que o cérebro necessita de exercícios para manter todo o corpo funcionando. 

      Apesar de que a Bíblia nos ensina a andar em novidade de Vida, referindo-se à uma Vida transformada pela presença de Cristo dentro de nós, o meu desejo do novo é o da emoção da descoberta do novo. O sábio Salomão, depois de ter procurado experimentar de tudo e de todas as emoções de seu tempo, declara com o aval de Deus, que o que foi é o que há de ser, e o que se fez, isso se tornará a fazer; e que portanto nada há, pois de novo, debaixo do sol (Eclesiastes 1.9-10), porém note que ele foi bem claro: embaixo do sol, porque se considerarmos o mundo invisível e espiritual, a vida terrena para os viventes, precisa ser, como disse Paulo,
para ser vivida em novidade! (Romanos 6.4)

     Ah, que saudade da saudade que me deixou saudades!
     
    E, que venha o novo!








 

Luciano Mendes
Enviado por Luciano Mendes em 14/08/2010
Reeditado em 18/06/2011
Código do texto: T2437964
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