O (Des?) Encanto com Papai Noel
 
Eu tinha doze anos quando meu primeiro sobrinho nasceu. Ajudei a minha irmã - que trabalhava - a cuidar dele, e, logo em seguida, nasceu mais um. Vivenciei minha adolescência um pouco como tia-mãe de ambos.
Sempre fui muito apegada à figura do papai noel e resolvi, então, organizar sua chegada em noites de natal de família, durante a infância dos nossos meninos.
Na maturidade, o sentimento de encantamento para com o bom velhinho foi aflorado diante de um trabalho de anos com crianças soropositivas. Era impossível não me emocionar com suas carinhas.
Hoje, a figura do papai noel vive uma enorme comercialização e a cada esquina nos deparamos com um velhinho a defender uns trocados.
Ainda assim todo esse clima me toca.
Agora, pergunto a vocês: como pode todo esse encantamento - e não um trauma - já que o primeiro papai noel com o qual tive contato foi esse (que se encontra ao meu lado na foto). Cenas de um jardim de infância tão remoto.
Cartas para a redação.
Abraços,

Rê.
 
e-mail enviado aos amigos em dezembro de 2009