Vielas da escuridão.

Estas vielas escuras da tua essência, onde jaz meus pensamentos e desejos.

Não mais poderei pisar, caminhar esperançoso de extasiar-me da tua ternura.

Embranhar-me de teus quitutes estapafúrdios de desejos libidinosos e os suculentos beijos saborizados de fulgor.

Não, não mais assistirei teu corpo desnudo a inflar meu cárcere privado de nostalgia, meus dedos mentais que lobotomizavam teu cérebro ao ponto de tornar-te insana e animalesca, não sobreviverão.

Não mais ouvirei tua voz a dizer: "Amor"

Não mais sentirei meu eu dentro do teu compondo uma sinfonia, regendo-se pela maestria da devassidão!

Você se foi sem deixar sequer um bilhete!

Apenas a rachadura da carne, da alma, da vida, na qual emerge uma dor chamada saudade, cumplicitada com o intrépido: "Adeus"

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O Bruxo

Bruxo das Letras
Enviado por Bruxo das Letras em 19/08/2010
Reeditado em 19/08/2010
Código do texto: T2448096
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