CONCUSSÃO

Eu enveredei...
Por tantos caminhos
Às vezes triste
Às vezes sozinho
Atrás de mim mesmo
Atrás de outro menino.
Às vezes alegre, com febre
Às vezes chorando baixinho
Ou simplesmente perplexo
Buscando pão, água ou teto
Algo real, concreto.
Estava cansado do abstrato
Do incerto, daquele inseto
Daquele olhar circunspecto
Daquela fagulha vermelha,
Daquela incessante centelha
A beira... daquele copo de cerveja.
Debaixo do ventilador
Oscilando entre o frio e o calor
Dissimulando ódio e amor
Naquela aquarela querela
Ou naquela ausência de cor,
Seria o branco ou o negro
A origem daquela vil dor
Que me atacava sem avisar
E me ruborizava com aquele
Lacrimoso olhar... de quem
Quer falar tudo... e sem razão
Fica estático, fica mudo
Por estar perdido, errante
Nesse nosso vasto mundo
No qual ando, corro, engulo...
Meio sóbrio, bêbado ou sucumbindo
Atrás de aconchego, chamego
Atrás de paz, atrás de beijo
Torcendo que amanhã:
Eu possa ser feliz por inteiro.
Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 21/08/2010
Reeditado em 21/08/2010
Código do texto: T2451504
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