SUBLIMINAR não é SUBLIMAR
SUBLIMINAR não é SUBLIMAR
Subliminar está nas entrelinhas dos versos
Naquilo por trás do que é obvio. Claro.
A idéia embutida na forma, no jeito que é
A alma das idéias dando vida ao corpo do texto.
Sublimar é tornar divino o humano, engrandecer
Ornar com os mais belos atavios, solenizando-o
O óbvio alçado a condição de especialíssimo, vital
É banhar com as águas de amor, aquilo que é mortal.
Também não é a mesma coisa:
Passar ao largo e passear no Largo
Talvez um lago largo cheio de muitos mistérios
Passeado nas margens, entre “gira sóis” e gerânios.
Nenhum monstro brotará do Lago, passará ao largo
Nenhum anjo sairá daquelas águas, ele é a água...
Não há conflitos com as águas elas amoldam-se a vasilha.
Vez se faz voraz e redesenha seu próprio caminho no chão
Outra tão doce que escorre como uma lágrima na pele, ou
Canta canções onde quem escorre é a alma, quase líquida.
Mas o LagoLargo cheio de mistérios é o mesmo
que se passeia ao largo...
Entre gira sóis e gerânios na janela.