Caindo novamente...

Estou completamente preso em um passado que ainda é presente. Lembranças que cortam a alma, assim como um feixe de luz em uma tempestade, corta o céu.

Não vejo nada, estou cego, meu coração é pedra, já não sente nada, minha mente luta comigo, a razão se mostra forte, mas a carne, a carne é fraca.

Convenço - me de que escolhi o caminho certo, mas não sou feliz, talvez por ainda estar próximo de mais do precipício, um dia pularei, será?

Quando dizemos que o mundo da voltas, não é por acaso, já tropecei em pedras que chutei a anos atrás e que custam em cruzar meu caminho ate hoje, ele gira, e você nunca sabe qual a hora exata, nunca saberá. Coisas acontecem, pessoas vão e vem, e você vive nesse mundo bizarro, correndo por entre os campos, chutando as pedras, e pulando os degraus da escada da vida.

As Vezes, o escuro permanece intacto, mesmo quando a luz pede pra entrar, é como se você não quisesse deixar, é como se você estivesse cheio de tentar viver a vida normal, sem problemas, mas uma hora, a mascara cai e eles voltam, simplesmente você se fecha, e nenhuma luz pode ultrapassar sua cápsula de cristal, você não deixa, quase que inconscientemente.

Não é a minha primeira vez, aqui em cima desse prédio, olhando para o chão, distante, mas o frio na barriga é sempre de como se fosse a primeira vez!

A dor da desistência é muito maior do que a dor da derrota, eu desisti? Fui derrotado? lutei, essa é a minha certeza.

Mas estou aqui, aguardando um dia de sol, um dia de luz, um dia melhor. Como qualquer um, sou um cara, que pena com as incertezas da alma, e as dores que afligem seu coração.

Adilson Fabbri
Enviado por Adilson Fabbri em 07/09/2010
Reeditado em 08/09/2010
Código do texto: T2484707
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