A Lei do Amor

Como posso pedir perdão a ti Mestre amado, se ainda nem sequer consegui perdoar a mim mesmo, quanto mais àqueles a quem tanto tenho magoado. Ensinastes-me tudo, aprendi quase nada.

Colocastes-me na crosta do planeta Terra com um corpo perfeito, para que eu pudesse usá-lo como instrumento de ajuda aos irmãos que não tiveram a mesma sorte, no entanto, resolvi antes mutilá-lo para depois pensar nessa tua Lei Maior, que é lei do amor desprendido em prol de quem a sorte ainda não alcançou. Tarde demais? Não, ainda não, mas sem antes agora, já embebido dos teus sagrados ensinamentos, prostrar-me a teus pés na esperança de receber o perdão, pela falta tão grave de não respeitar a lei da evolução conservando perfeito o que me destes sem nenhum defeito, o corpo físico. Sei também divino Mestre que essa minha insensatez manchou meu espírito e só com muita dedicação ao bem, poderei dessas manchas em uma outra reencarnação me livrar, mas como és só Luz e Amor, também tenho ciência de que poderei começar minha limpeza ainda nessa vida, depois de ter conhecido teu legado de bênçãos.

O perdão Mestre amado. O perdão por ter me dado mãos tão sadias, mas que permaneceram tanto tempo doente, ao não se aproximar de algo que pudesse aliviar a fome de quem por perto solicitava um pedaço de pão, a doença da inércia. O perdão por ter me dado visão tão boa e no entanto até a pouco tempo atrás só serviram para me servir. O perdão pelo dom da inteligência, que poderia ter feiro um pouco mais a quem dela não teve o privilégio de desfrutar. E para meus pés o perdão por ter carregado só a mim, sendo que poderia ter feito andar quem deles o movimento perdeu.

E por fim, o perdão por dado valor bem tarde daquilo que nos deixastes de mais sublime, teus ensinamentos perfeitos e sem mácula, tua grande Lei, a Lei do Amor.

ChangCheng
Enviado por ChangCheng em 22/09/2010
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