TENHO
Tenho a vida
Naquilo em que acredito
Respiro como a chama
E entendo porque meu sangue corre
Tenho o sol de inverno
Que ilumina meu rosto
E que bate no caminho
Cravejado de ásperas pedras
Tenho a chuva que me lava a alma
Que segue a caminhada
De meus erros que me declaro réu
Minha sentença é vagar
Tenho a esperança
Talvez de acreditar em mim
Não sei se estou certo
Nem sei se estou errado
Tenho a incerteza
De que eu me torne um nada
Mesmo sabendo que fui longe
Sei que ainda não é o fim.
Davi “El Brujo” 26-10-2010