“Diário de um Viajante”

Numa tarde triste o céu era azul!

Seguia eu os rastos no areão da

Rua solitária, esta conduz o viajante

Há lugar nenhum. À hora do crepúsculo

Aproxima, vejo o sol que adormece

Lentamente, sua lentidão confunde em

Miragem além do horizonte o meu olhar

Já cansado! Levanta o pó da estrada com

O estouro da boiada, de longe se ouvia os

Gritos dos cavaleiros, e disperso se faz o

Sentimento de solidão deste solitário viajante

Que vagueia de um lado a outro. Por certo

A de despertar o coração da sertaneja singela

Que descansa o queixo sob as mãos brancas,

Cujos cotovelos repousam na janela da casinha

Branca de frente aos campos de roseirais que

Exalam o perfume ao cair da noite silenciosa.

Joel Costadelli
Enviado por Joel Costadelli em 19/11/2010
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