Sobre o Amor e o Corpo

Desculpe se sou um

quebrador de sonhos.

Se fechei seus olhos por tanto tempo e agora os abro para o pesadelo. Nem tudo que queima é sol e o amor é pura alma em chamas, habitando um corpo de cada vez, queimando-nos com sua essência sagrada.

Cada caminho iluminado pelo amor.

Andávamos vendados - encontramos um abismo - e, não mais que de repente, tudo é luz, mas também tudo é frio, como lâmpada artificial, meio-sol no Pólo Norte, meia noite em nossa alma.

Desculpe que sou um criador de sonhos,

e se estes não passam de sonhos.

Mas, olhe estas peças separadas do quebra-cabeça, cada uma com seu significado. Junte-as, formou-se outra imagem, mas cada peça está ali, cada essência criada, cada propósito. Mudou a forma, assim como o amor muda de corpo. Mudou a mensagem, assim como o amor muda de voz. Mas, amor é amor e, tendo ele, nada faltará.

Desligue a luz fluorescente. Deixe que a essência sagrada de nossos corpos tropicalize nossos Pólos. Nossa carne torna-se a areia desta praia, nossa carne vaza por entre nossos dedos.

Você não pode perder o que nunca existiu, mas também não pode matar aquilo que te faz ser você.

Núcleo - essência - a imagem no final do quebra-cabeça.

... Amor.

E quando este faltar, meu corpo será gélida poeira, perdida num caminho sem luz. Posso ser amor sem corpo. Ma,s o corpo sem amor é luz artificial. Desligue-me então, meus sonhos serão quebrados.

Pois não terei mais alma.

JHM
Enviado por JHM em 30/12/2010
Código do texto: T2700623