ERIGIR O ALIVIO e SOBRE RÉDEAS E CORCÉIS (com Calliope)
Estar perplexo! Frente a dor constatada.
A indefinição ansiada corroendo as entranhas
O tempo implacável exigindo a saída
Voraz sobre o pescoço, sufocante engasgo
Uma espinha na garganta.
Um orvalho febril na ponta dos olhos
Não há o que gritar. Respirar... Respirar
Agir. Mudar... Agora. Respirar
Não há o que gritar. Rápido... Rápido
Respirar... Agora!
Construir a saída a partir de si
Arrancar de dentro com as mãos
A costela ensangüentada
E erigir o alivio...
Ganha-la talvez.
Muito apropiado tua participação no meu sentir, só vc mesma para interagir tão intensamente... Isto é um dengo que recebo de ti. Obrigado CALLY, xeros.
Sobre rédeas e corcéis
Talvez facilmente me assuste,
Ou tenha sido o embuste...
Sei que me vi afogueada
E o corcel em corrida desembestada
E as rédeas roçavam o chão
Sem que percebesse
Caíram da minha mão
Creio ter sido isto
O instante que me abri...
Que deixei escapulir
Agora resta esperar
Calcular o salto
A queda...
Ou deixar tudo se acalmar
Talvez pare por se cansar
Ou não queria inda mais me machucar
E numa planície de tenro gramado sacie sua fome
E até me deixe por lá
Ou num movimento automático marche de volta
Me devolva a meu lugar...
Quicá...
Callíope