“Eu” em busca de “mim”.

E uma longa estrada, e lá estou “eu” caminhando a procura de “mim”, mais a cada passo que “eu” dou, e mais um passo distante de “mim”’ que fico. É estranho, é vazio, é caminhar em uma estrada e de repente começa uma tempestade muito forte, tão forte que não se é possível ver nada na frente, nem mesmo pra onde estar indo; é assim essa busca. Estou “eu” a caminhar na beira da praia, seguindo passos que eu não sei para onde vão, mas que por “mim” foram feitos, e em questão de segundos uma onda vem e apagam todos eles, os que “eu” fiz, e os que também seguiam, olha para trás, para frente, não há nenhuma pegada, sinto me bem distante de “mim”; fecho os olhos e ao abrir vejo que estou em um lugar escuro, estou trancada, há uma pequena janela a qual não consigo alcançar, hora se abre, hora se fecha, se permanece mais fechada que aberta, é possível ver o outro lado, tem um horizonte lindo, onde certamente “mim” deve estar, a janela se fecha outra vez, e “eu” continuo aqui dentro na espera de um dia a “mim” poder encontrar.

Daiane Garcia *eumesma

05 de Janeiro de 2011

Daiane Garcia
Enviado por Daiane Garcia em 25/01/2011
Reeditado em 25/01/2011
Código do texto: T2752065