Artista morre na calçada:

Eu execrável artista morta

Dotada de poder algum

Escalo uma janela fechada

Que dá para lugar algum.

Fajuta é a alma vive que teima em respirar

Que teima em fotossintetizar a raiz jazida

Dentre os apaziguados corpos mortos

Descansa em paz artista desconhecida.

Em um palco escuro a luz de velas

Eu demonstro nenhum talento.

Nenhuma habilidade.

Artista morte súbita

Sangra doentio inverdade.

Invertebrada,inerte desalmada

Descansa alma dourada,

Em calçada prata enferrujada

Descansa artista apagada.

Anna Lara Souza
Enviado por Anna Lara Souza em 08/02/2011
Código do texto: T2778557
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