Por que voltei...

Durante minha caminhada encontrei diversos sabores, muitos odores e poucos amores. Muitos amigos, diversos castigos e poucos inimigos.

Caminhei por terrenos hostis, provei dissabores e enfrentei tempestades, mas também encontrei flores, belas cores e planícies exemplares.

Construí templos, inventei guerras e destruí meu lar, mas também criei comunidades, enfrentei percalços e mantive o ritmo.

Enfrentei a dor, renasci da mesma cor e descobri que apenas o infortúnio não foi capaz de me derrubar.

Então cheguei, aonde? Não sei.

Tenho novas perspectivas, novos amores e amigos para encontrar, novas planícies e novas tempestades para enfrentar.

Chegarei a novos dissabores, mas também reencontrarei belas flores e lindas cores.

Descobri que o ciclo da vida é espiral, os caminhos são diversos, mas sempre encontramos os mesmos gostos, os mesmos rostos e as mesmas dores.

A dúvida consiste em enfrentar o novo ou participar mais efetivamente do antigo?

Ter novos amigos ou cultivar velhas amizades?

Sofrer novas dores, ou aprender a lidar com antigos dissabores?

Conhecer novos amores ou se entregar aos já conhecidos e vividos?

Assumir seu percurso, buscar reencontros, corrigir antigos desvios ou encarar o novo?

Pensei por um átimo e então decidi...

Elayne Sampaio
Enviado por Elayne Sampaio em 16/02/2011
Reeditado em 23/02/2011
Código do texto: T2795495