"Comer, rezar e amar"

Uma vez me disseram que vivo numa fantasia em que exagero demais nos meus desejos, iludindo-me. Não queria aceitar isso, muito menos admitir para alguém esse fato. No fundo, no inconsciente dos meus pensamentos, sabia que era verdade. Mas, afinal, qual é o problema de sonhar? De poder acreditar que um dia encontrarei minha alma gêmea? Sendo que essa pessoa será perfeita e me satisfará com todos os meus pedidos. Diga-me qual é o problema de acreditar num mundo melhor para si? Será crime sonhar demasiadamente?

Este ano, prometi para mim, que ficaria em pleno equilíbrio( muitos já devem ter lido, ou, pelo menos, assistido “comer, rezar e amar”). 2011 seria, e ainda pretendo que seja, um ano de racionalidade e razão. Esquecer de fato estes “encostos” e ilusões que me atrapalham. A palavra-chave para mim seria RACIONALIDADE, característica que nunca conseguir ter cujo admiro muito para aqueles que conseguem usá-lo.

Quando digo “encostos”quero me referir a relacionamentos. Sim, ainda não estou preparado para me realizar completamente. Um ano de abstinência sexual seria perfeito, podendo me focar em meus estudos, pois vida de cursinho não é fácil e a parte sentimental do meu corpo, sinceramente, é complicada.

Só que quando fatores externos interrompe esse seu desejado equilíbrio e você não sabe o que fazer? Chorar seria minha primeira e mais fácil opção. Gritar desesperadamente em baixo do meu travesseiro e meditar num âmbito surreal. Com certeza, faria isso, se ainda tivesse com meus inocentes oito anos de idade.

Penso. Começo a investigar o caso. Chego a um limite comprometedor para minha reputação. Mesmo com todos esses riscos, prefiro saber a verdade independentemente do prejuízo, pois já estou cansado de passar noites em claro remoendo essa loucura emocional. Vou e falo. Percebo que tudo foi um engano. Mas agora vem o pior. Como vou conseguir olhar essa pessoa no outro dia?

Anderson Nakai
Enviado por Anderson Nakai em 26/03/2011
Reeditado em 20/07/2011
Código do texto: T2872175
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