Sim, eu sou gay.

Muitos de nós usamos a internet como meio de desabafo, pelo menos é meu caso. Não conheço ninguém que está lendo, sendo muito mais fácil para escrever minhas ideias.

Quando estamos tristes ou preocupados gostamos de pensar e pensar, tentamos achar a resposta sem ter a resolução específica. Meu conselho é olhar para as estrelas que ela trará uma sereno silêncio em seu coração.

Em minha vida jamais pensei que passaria por tantos problemas com meu “eu”, talvez, possa ser problemas de um adolescente melancólico ou não. Talvez seja algo sério que nem eu mesmo estou conseguindo achar o caminho. Medo de aceitar ajuda? Ou medo de assumir? Nada que uma boa terapia não resolva. Sim, amo psicólogo. Para aqueles que acham que isso é para louco, assumo-me como um bom louco que adora bater papo com um desconhecido que fica me perguntando atenciosamente o que fiz no final de semana.

Lembro-me muito bem da primeira vez que contei um segredo, ela, literalmente, foi à primeira a saber. Tremia enquanto falava. Mas ao ver sua reação de compreensão e tranquilidade, fez com que me sentisse num mar de rosas. Isso me deu forças para encarar à sociedade. Sentia-me renovado, um novo Anderson, forte e mais seguro havia nascido. Um Anderson que conseguiria ser mais feliz mesmo com seus problemas. Assim, seguiria caminhando com meus medos, conseguindo escondê-los pelo menos de manhã pois a noite, muitas vezes, ele gostava de visitar-me. Falava comigo. Ah! Como eu me lembro de você, ficando na cama até eu cair no sono.

Sei que esse medo ainda está comigo, sei que ainda não estou preparado para encará-lo, sei que se contar muitos poderão se assustar. Eu sei disso. No entanto, usando minha adorável frase, qual é o problema de ser feliz? A vida é minha, não devo satisfação a vocês. Adoro essa frase, em momentos de revoltas gostaria de levar um cartaz enorme para que todos lessem. E, realmente, qual o problema de ser feliz? Qual o problema de gostar de outro homem? Afinal, o que faço em quatro paredes ninguém esta vendo.

Arrependo-me de ter terminado relacionamentos, ou mesmo um começo de uma amizade por medo de me aceitar. Por temer que aquilo se tornasse um sentimento que perderia o controle, entregando-me irracionalmente para outro homem. Penso em meu egoísmo, se bem que, prefiro chamar isso de auto-defesa, igual aqueles pequenos cachorros que ficam com medo quando veem algo estranho no seu cotidiano. Uma defesa covarde impedindo minha felicidade.

Certa vez comentei com vocês sobre minha abstinência sexual ( texto, “comer, rezar e amar”) como forma de encontrar o equilíbrio de mim mesmo para focar-me nos estudos. Seria uma solução fantástica ou uma promessa de um louco estudante que procura uma vaga na faculdade pelo menos 3 horas longe de seus pais. Mas se eu não passar? Aguentarei mais um ano de “sexo zero”? Aguentarei ficar reprimindo meus desejos por medo de assumir para meus pais? Sinceramente, eu não sei. Brinco com meus amigos que logo entrarei em “surto psicótico por seca”, que uso halls para relembrar minhas “pegações”. Faço disso uma piada na minha vida. Como o velho ditado diz: Antes rir que chorar. Mas ainda tenho esperança que em breve encontrarei meu príncipe e viveremos juntos felizes para sempre.Exagerei. Qual é o problema de sonhar?

Anderson Nakai
Enviado por Anderson Nakai em 04/04/2011
Reeditado em 05/05/2011
Código do texto: T2889756
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