Amor: Verbo masculino
Que coisa mais louca esse negócio de amor!...
Sentimentos devassos em conluio,
Insurgentes, invadem o peito E em átimos
Imensuráveis, Nos proporciona tantos tipos
De sensações, Que horas parece que vai explodir
De alegria e contentamento, Outrora Parece
Fenecer de tristeza e desilusão...
Isso acontece quando a vida usa sua arma
Mais misteriosa e poderosa... A mulher!
Através dos seus arautos vingadores,
O acaso e o destino.
O homem, no auge de suas posses, na soberba
De sua força e poder, na prepotência
De gênero opressor, cai na graça (ou desgraça)
De se apaixonar por uma mulher.
Aí, não tem jeito! Até o mais sáxeo dos homens
Entra em tão profunda confusão, de repente se
Descobre uma carência tão grande dentro de si
Uma necessidade de estar perto, colado. De ser
Parte daquele ser divino, visto perfeito pelos olhos
Do amante. Mas, nem tudo está perdido (graças a Deus!)
Dentro do peito do homem, neste estado de minerva
Trava-se uma batalha colossal, É a luta entre o
Desejo de se entregar submisso a esta emoção, contra
O orgulho do homem possuidor, que precisa conservar
A condição do “Grande Patriarca” que um dia disse,
(Por medo eu acho...) Que o homem é superior...
Besteira... Pois, a luta é ferrenha, onde,
Cada parte usa vários artifícios em busca da
Vitoria (Que quase sempre vira derrota...).
O desejo usa o sonho, o anseio de amar e ser amado,
A sofreguidão da volúpia, da sanha...
O orgulho usa o ufanismo, a jactância, o medo a timidez...
O desejo cria a coragem para se jogar de cabeça nessa
Vida, onde, tudo parece azul e apraz...
O orgulho cria a covardia da omissão pelo
Temor de ver cair a sua frágil parede de superioridade
E toda essa guerra intrínseca ao coração de quem está amando
Acaba amiúde com o sujeito...
Quando há correspondência da parte desejada,
Ainda pode-se esperar uma salvação para o indivíduo...
Mas, quando não há...Aí danou-se! a cara tá fu...
E aquela batalha já mencionada, se transforma
Num ataque covarde e infame, onde, as duas forças se
Juntam e gladiam contra o próprio sujeito, e dessa
Vez é certo, ninguém ganha!...
Só aquela abençoada
Criatura venusiana, que no mínimo verá o seu ego
Totalmente inflado!...(Acho que nada envaidece mais
O espírito de uma mulher, que ver um homem morrer de amor por ela!...)
E se passa por tudo isso, para ao final se descobrir
Que o “Patriarca” mentiu.
Porque, podem subjugar como for a mulher...
Mas, tudo que o homem faz, é em função delas...
E depois que ele se cansa de lutar
Com mundo e consigo mesmo...
É no colo de uma mulher que ele quer deitar
E volta a ser crinaça!...
Deniks Lowa