Sentimento descartável?

Sentimento descartável?

Nos dias de hoje estamos na era do descartável, até aí nenhuma novidade, o que me assusta é que as relações estão indo pelo mesmo caminho. A onde foi que deixamos os sentimentos e o respeito pelos outros?

Sou uma mulher romântica e que acredita ainda nas pessoas, apesar de toda praticidade e decepções da minha vida, que como a de todo mundo é cheia de vitórias e derrotas, nas não perco a esperança e a fé.

Quando nos apaixonamos, esquecemos de tudo e entregamos o coração e nem lembramos das lágrimas e tristezas que tenhamos vivido no passado.

Mas hoje estamos em um mundo tão individualista que nos faz repensar os conceitos, somos muitas vezes tratados como pessoas descartáveis e que a qualquer momento vai ser colocado de lado ser o menor respeito.

Falo hoje por experiência própria, aprendi com alguém a não mais acreditar em todos os sorrisos e bonitas palavras, aprendi que para amar é preciso coragem de tirar a máscara e se mostrar de verdade com seus defeitos e qualidades. É preciso estar disposto a sair do seu conforto,fazer concessões para que se possa ser feliz.

É muito cômodo simplesmente descartar alguém por que se tornou difícil ou apareceram problemas, é cruel e pequeno diminuir os sentimentos do outro porque eles já não são úteis para você, mas na maioria das vezes é assim que acontece.

Nada é eterno, mas não é por isso que não mereça respeito e honestidade, a mentira é o que mais machuca, porque você sabe que foi premeditado e que isso vai dificultar que você volte a acreditar novamente.

O que realmente me encanta é nossa capacidade de recomeçar depois que somos tomados por alguns como coisas descartáveis, nos reinventamos e descobrimos que talvez Deus estava simplesmente nos mostrando o pior para que quando o melhor vier, saibamos reconhecer.

E ser agradecidos por nossa capacidade de viver e acreditar que a muito de bom que amar e que somos incansáveis na arte de recomeçar e nos reciclar.

Karina Masson

01/05/2011

Karina Masson
Enviado por Karina Masson em 13/06/2011
Reeditado em 15/05/2020
Código do texto: T3031973
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