Espontaneidade poética
Acontece que eu gosto da tal espontaneidade!
Leio uma poesia milimetricamente rimada e compassada
Ah que linda...
Mas me pego a imaginar quais palavras foram descartadas
quais foram preteridas, na intenção da rima
O primeiro pensamento é o mais gostoso
mais sincero, mais espontaneo
É esse que me toca
que torna a poesia meio que espelho
Nada contra as rimas, repito
Sonetos, e afins, tudo mais que precise de certa deliberação nas palavras e na extenção do verso.
Nada contra.
Mas sou eternamente a favor da espontaneidade na poesia.
Porque pra mim é a expressão da alma
E ao menos a minha jorra, descontroladamente, o amor
E se paro pra medir, temo deixar escapar as mais belas.
Pra mim a rima talvez nem esteja no fim, ado, edo, ido, udo...
Pra mim a rima tá na essência, a combinação perfeita do sentimento com a expressão.
Amor não rima com felicidade, mas combinam, ah se combinam!
Isso me basta!