Espontaneidade poética

Acontece que eu gosto da tal espontaneidade!

Leio uma poesia milimetricamente rimada e compassada

Ah que linda...

Mas me pego a imaginar quais palavras foram descartadas

quais foram preteridas, na intenção da rima

O primeiro pensamento é o mais gostoso

mais sincero, mais espontaneo

É esse que me toca

que torna a poesia meio que espelho

Nada contra as rimas, repito

Sonetos, e afins, tudo mais que precise de certa deliberação nas palavras e na extenção do verso.

Nada contra.

Mas sou eternamente a favor da espontaneidade na poesia.

Porque pra mim é a expressão da alma

E ao menos a minha jorra, descontroladamente, o amor

E se paro pra medir, temo deixar escapar as mais belas.

Pra mim a rima talvez nem esteja no fim, ado, edo, ido, udo...

Pra mim a rima tá na essência, a combinação perfeita do sentimento com a expressão.

Amor não rima com felicidade, mas combinam, ah se combinam!

Isso me basta!

Jordana Sousa
Enviado por Jordana Sousa em 18/06/2011
Reeditado em 18/06/2011
Código do texto: T3041961