Eu não presto
Eu concordo com a sociedade em me estereotipar.
Eu certamente não presto. Não valho nada mesmo.
É por isso que escrevo. Me expresso melhor assim.
Não tenho a capacidade de falar uma frase sem dizer:
tá ligado, ou cara. Isso que eu parei com os palavrões.
Pra honrar o nome da minha mãe. E tornar digno o seu pedido.
Todo mundo que tem um vocabulário do cotidiano
é marginal. É bandido, é malandro, é maloqueiro.
E eu nunca vou ser nada na vida.
Por que eu não sei me assentar a mesa.
Ótimo, eu também não queria ser nada mesmo.