Eu não presto

Eu concordo com a sociedade em me estereotipar.

Eu certamente não presto. Não valho nada mesmo.

É por isso que escrevo. Me expresso melhor assim.

Não tenho a capacidade de falar uma frase sem dizer:

tá ligado, ou cara. Isso que eu parei com os palavrões.

Pra honrar o nome da minha mãe. E tornar digno o seu pedido.

Todo mundo que tem um vocabulário do cotidiano

é marginal. É bandido, é malandro, é maloqueiro.

E eu nunca vou ser nada na vida.

Por que eu não sei me assentar a mesa.

Ótimo, eu também não queria ser nada mesmo.

Nina Blessed be
Enviado por Nina Blessed be em 20/06/2011
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