Até que a morte me separe desta vida!

Engraçado como somos marcados pelos nossos erros,
Erros de juventude, medo, covardia, imaturidade, loucura...

Fazemos coisas que nos marcarão pelo resto das nossas vidas!
Um amor mal cuidado, uma separação repentina, um medo e...
E pronto todos te chamam de covarde, promiscua, insensível...

Você se torna pequenina, se enfia numa ostra, se esconde,
Arrepende-se, não sabe como voltar para trás, tem medo de voltar...
Subitamente você própria se enfia num labirinto e não acha a saída!

Afasta-se daqueles que te jogam pedras, lanças de julgamento, veneno,
Isola-se da hipocrisia e da maldade!

Sofre com a distância, com as notícias, procura noticias, obtém o vazio.

Começa o tormento, a procura do passado em novos rostos, a procura do prazer em outras camas, a procura do amor em outras bocas e....
E, você percebe que toda esta infundia caminhada não passa de consecutivos erros...
Erros que resultam em mágoas, em prisão, em sofrimento,
Pagam pelos seus erros, faz chorar quem não tem nada haver com teus erros...

Você vê que o erro te acompanha, a tua consciência, o inferno em vida, a vida em chamas, as lágrimas sangrentas, o vazio, a companhia da solidão.

Você desiste, sabe que não adianta procurar o novo, porque não existe novo amor, não existe substituição.

O coração não é racional, irracional as atitudes e de repente, a fria realidade.

O que era teu não é mais, embora sempre te pertença... o teu lugar, não é mais teu, os teus amigos, os teus parentes, já não são mais teu... e você se depara com as paredes...
Paredes brancas, como o infinito do caminho perdido.

Você se depara com cenas de família feliz, e te julgam por querer acabar com esta hipocrisia... e você não sabe mais se realmente não existe a tal felicidade ou se é mais uma ilusão ou vontade louca de recuperar o que sempre foi teu...

Loucura, lágrimas que invadem o cérebro, que te enfia farpas de julgamento, que apesar de tanto tempo ainda te condenam, não te absolvem!

E a pior condenação vem dos teus olhos, que me culpa, que me mata.
Sou culpada, pelo teu sofrimento, pela tua decepção, pelos caminhos que você tomou, pelas atitudes, sou responsável pela tua vida!?!
Sou duplamente condenada por todos e por você...

Não, a maior condenação vem de mim mesmo, que matei a mim, que perdi, e aos poucos continuo perdendo!
Perdendo, perdendo, perdendo...

Ah! Minha adolescência, complicada, que me marcou na maturidade e vai me acompanhar na velhice!

Estarei liberta quando descansar em Paz e não puder vem em teus olhos todo o sofrimento que te causei e principalmente quando em Paz eu retirar dos ombros esta cruz que carrego e que me impuseram!

Descansar em Paz, dia que virá e enfim poderei me libertar desta dor que sempre me acompanhou e deste erro que sempre me condenou a ser infeliz e sozinha!

Até que a morte me separe desta vida!