QUANDO O AMOR É CEGO

Como cego

O amor vai além

Da nossa compreensão

Perdemos o controle

Do pensamento

E a capacidade

De discernir

O caráter

E a personalidade

Do ser amado

O amor desatina

E desativa o nosso

Senso crítico

O cérebro é afetado

Com engano

Dos sentidos

Que nos faz tomar

A aparência

Pela a realidade

Criamos

Pensamentos

Esperanças...

Em futuro próximo

Nutrir-se de ilusões

Porque não temos

Consciência

De nossos atos

O amor é cego?

Ou sem lógica?

Não tenho resposta

Mas sei...

Que é a desculpa

Que sempre usamos

Para justifica

Uma relação

Desastrosa

Isso quando

Não repetimos

Frases feitas tipo

“os opostos se atraem”

Será?

Atrevo-me a dizer:

Pode ser a perfeição

Ou nosso desespero

Algo possível... Ou não

Só o tempo... Irá dizer

A verdade...

Quase sempre

Estar estampa

E só a gente não ver

O amor... Atinge

O âmago do nosso ser

Projetamos talvez

No outro aquilo

Que interiormente

Temos como ideal

Passamos...

Completamente

A ausência

De qualquer critério

O imaginário

Supera o real

Quando estamos

Envolvidos

Não avaliamos

A aflição

Que nos compungia

É uma confusão

Dos sentidos

Que provoca

Uma distorção

Da percepção

Por má interpretação

O amor

Só é pleno e lindo

Quando encontramos

Alguém que

Transforme-nos

No melhor que

Podemos ser

Ou pelo menos

É uma suposição

Que temos

Por verdadeira

Até que se

Prove em contrário

O amor é...

Uma submissão

Cega e muda

Acompanhada

Da mentira

E da loucura

Sua beleza é

Proporcional

A nossa cegueira

O amor

Tira-nos o juízo

Não admitindo

Objeção

Nem julgamento

São impulsos

E desejos

Que escapam à

Consciência

São devaneios

De uma alma

Apaixonada

Cristina Siqueira
Enviado por Cristina Siqueira em 16/07/2011
Reeditado em 17/07/2011
Código do texto: T3099995