QUANDO O AMOR É CEGO
Como cego
O amor vai além
Da nossa compreensão
Perdemos o controle
Do pensamento
E a capacidade
De discernir
O caráter
E a personalidade
Do ser amado
O amor desatina
E desativa o nosso
Senso crítico
O cérebro é afetado
Com engano
Dos sentidos
Que nos faz tomar
A aparência
Pela a realidade
Criamos
Pensamentos
Esperanças...
Em futuro próximo
Nutrir-se de ilusões
Porque não temos
Consciência
De nossos atos
O amor é cego?
Ou sem lógica?
Não tenho resposta
Mas sei...
Que é a desculpa
Que sempre usamos
Para justifica
Uma relação
Desastrosa
Isso quando
Não repetimos
Frases feitas tipo
“os opostos se atraem”
Será?
Atrevo-me a dizer:
Pode ser a perfeição
Ou nosso desespero
Algo possível... Ou não
Só o tempo... Irá dizer
A verdade...
Quase sempre
Estar estampa
E só a gente não ver
O amor... Atinge
O âmago do nosso ser
Projetamos talvez
No outro aquilo
Que interiormente
Temos como ideal
Passamos...
Completamente
A ausência
De qualquer critério
O imaginário
Supera o real
Quando estamos
Envolvidos
Não avaliamos
A aflição
Que nos compungia
É uma confusão
Dos sentidos
Que provoca
Uma distorção
Da percepção
Por má interpretação
O amor
Só é pleno e lindo
Quando encontramos
Alguém que
Transforme-nos
No melhor que
Podemos ser
Ou pelo menos
É uma suposição
Que temos
Por verdadeira
Até que se
Prove em contrário
O amor é...
Uma submissão
Cega e muda
Acompanhada
Da mentira
E da loucura
Sua beleza é
Proporcional
A nossa cegueira
O amor
Tira-nos o juízo
Não admitindo
Objeção
Nem julgamento
São impulsos
E desejos
Que escapam à
Consciência
São devaneios
De uma alma
Apaixonada