Eu penso nisso...

E eu já não sei. Eu pensava que sabia. O momento em que eu sabia, parecia tão certeiro, mas passou depressa, feito sabor de bombom barato, só sentimos o açúcar no instante em que colocamos na boca, e quando começamos a gostar, desaparece, te deixando na vontade, apenas com o gostinho de quero mais. Não é querendo desmerecer o gostinho de quero mais, pois só queremos mais, se aquilo realmente foi bom. Infelizmente, quase todas as coisas boas duram pouco. Às vezes temos consciência de que aquilo tinha que acabar, por algum propósito, e aceitamos, de fato. Mas é um aceitar diferente, obrigado, forçado a existir, um tipo de “é né, fazer o quê?”, com uma mistura de “ah, por favor, eu não quero, não quero mesmo!”. Se tudo fosse como eu quero, não seria bom, não, não mesmo, porque em certas ocasiões nem eu sei o que realmente quero, então não teria graça, pois seria de um arrependimento constante. Larga do meu pé, Querer Obedecido, é assim que eu rezaria todas as noites! Complicada, complicada demais para meu próprio gosto! Talvez seja carência, é carência, não sei exatamente de que, mas costumo confundir. Sempre me confundo, principalmente nos sentimentos. Dificilmente eu sei distinguir se o sentimento realmente existe, ou é apenas a minha carência que enlouquece meus hormônios e me faz agir cegamente, com uma espécie de cegueira lúcida, sim, lúcida, pois nesses momentos me sinto segura, firme, naquilo que estou optando. Daí o destino, se encarrega de aumentar o grau dos meus óculos, que me fazem enxergar, que o melhor, mesmo que mal compreendido no início, é apenas o fim.

Bruna Kedman
Enviado por Bruna Kedman em 19/07/2011
Código do texto: T3105373
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