IRETE DONIZETE
Lembra do Dona Irete Donizete? Aquela que vinha de chevette, achava que estava em um corvette, mascando chiclete, depois comendo um croquete, trajando um corpete, jogava basquete, sentava no carpete, portava um canivete, sempre assistia a saudosa Manchete, jogava confete, pintava o sete, tinha uma máquina olivetti, admirava o Belleti, usava papet, ouvia a fita k7, rodava horas de filmes no video cassete, era amiga da Ivete, da Ivonete, da Marizete, da Claudete, da Margarete, da Elisabete, da Gildete, da Gorete, da Francinete e da Rosinete. Fez com elas uma enquete:
Você prefere carpete ou corpete?
Aprendeu a usar a gilete, ensinou a garçonete, que era conhecida por Suzete, que um dia fora vedete, a usar corretamente o toalete, e jogar fora o cotonete.
Irete no baralho só tirava valete e feliz, comia baquete com espaguete e molho salsaretti, contraiu diabete, em sete do sete de mil novecentos e setenta e sete, época inclusive que aflorou-se o joanete.
Elaborou um dia uma maquete, da cidade de Piquete. Feliz pelo feito, brincou de marionete comendo um omelete. Pegou sua pochete, guardou o manete, segurou o porrete e comeu um tablete, de chiclete.
Nas tardes de sábado, andava de charrete, tal qual uma periguete. Carregava consigo seu disquete.
Morrera em Bofete, morou em Alegrete, findando sua vida dentro do chevette.