Oceanus Procellarum

Eu imploraria por perdão se existisse pecado

Eu até me ajoelharia se existisse um deus

Mas sabe o que há? Mentiras, farpas, dor!

A ilusão cômoda sobre um mundo e seus encaixes quebrados

Os brinquedos manchados foram largados no quintal

E a imagem desperta o rancor de quem foi esquecido num mundo podre

O ódio vai escalando a garganta, somando-se a gritos guardados nas trevas

Vontade de gritar e destruir todo esse ciclo imbecil, os altares profanos de deuses mortos...

As estrelas confortam meu coração destituído de inocência

O sangue arde dentro do traje de carne, do corpo fraco ainda

Essas palavras sobre fé e sobre amor, que mentirosamente estão sendo escarradas

Vocês tem abraçado o mundo, apunhalando friamente as pobres almas

Malditos! Imundos! Destronados! Subservientes do caos

A marca do pior mal esta nas suas crenças

Evaporem! Misturem-se ao nada e simplesmente inexistam!

Apodreçam vossa santa-mística-divina-religiosa idiotice!

Vocês deixam um vácuo na história da vida

Planejam arrebanhar, mas estão perdidos

Sozinhos entre tantos, ferem tantos mais

Mas, o dia da verdade corre mais que o vento, e já vem

Existe uma canção que criou a vida

Existe o primeiro que dançou entre as estrelas

Existe uma vida além de toda essa inverdade

E logo subiremos tão alto, e tomaremos o nosso lugar

... Que toda essa mentira roubou!

Tomverter
Enviado por Tomverter em 27/07/2011
Código do texto: T3123264
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