A película da Vida

Minha relação com o tempo é muito forte, mas não penso como será meu futuro, pois isso depende do meu presente, mas sim como foi o meu passado, filmes que já saíram de cartaz e me fazem perceber o quanto à história poderia ter sido diferente.

Não vejo o passado como inimigo, mas também não vejo como amigo, o tempo passa sem piedade e não quer saber se você é assim ou "assado", um dia ele conversará com o futuro e lhe dará toda a sua ficha, o que você fez ou o que deixou de fazer, dessa forma seu cobrador será um Sr de barba branca, chamado consciência.

Mas às vezes esse encontro pode ser frustrante, pois mesmo que você tenha um plano de ação para tentar mudar a história, muitas vezes o filme já estragou no depósito da vida e o mofo está tão agressivo que será quase impossível restaurar a película.

Fato é que no filme da vida, somos o próprio roteirista, mas diferente da vida real, esse filme não terá uma continuação, portanto o final feliz ou o trágico só dependerá de nós.

O tempo presente só é chamado "presente", pois realmente nos foi dado embrulhado a oportunidade de sermos pessoas melhores, evoluindo e crescendo, passando por cima das nossas próprias dificuldades e entendendo e tendo compaixão com a dificuldade do próximo.

O mundo só será perfeito quando todos olharem para o passado com a sensação de que tudo aconteceu da maneira que deveria ter acontecido, sem arrependimentos, sem flashes de consciência e com a ideia de que o futuro é apenas um presente mais distante, ou seja, no lugar do cobrador, teremos apenas um amigo conversando nostalgicamente sobre o filme de nossas vidas.

Moises Tamasauskas Vantini
Enviado por Moises Tamasauskas Vantini em 13/08/2011
Reeditado em 13/08/2011
Código do texto: T3157540
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