REFLEXÃO SOBRE A NOTA ESCOLAR

Pode-se medir o conhecimento em número?

O saber é algo, como temperatura,

Em que se usa um termômetro – escala de notas?

Sempre que se usa os números para medir a subjetividade há problemas.

Um é exatidão, o outro, sublimidade.

Abaixo a frieza dos números para medir a alma!

Abaixo as notas!

Viva a relatividade!

Hoje se sabe mais do que ontem

E amanhã se saberá mais do que hoje

(somos humanos e nascemos para aprender).

Razão de que, ao medir com notas,

Sempre há de semear ventos e colher tempestades.

Sempre se cometerá injustiças:

Os sábios, por serem honestos, demonstrarão

A sua sabedoria através da honestidade;

Os medíocres, por serem incapazes, sempre utilizarão do ilícito

Para parecer o que são: sábios.

Os números privilegiam estes e não aqueles.

Que a Sabedoria coloque fim à injustiça

Para que se valorize o verdadeiro saber (que se constrói no dia-a-dia).

Saber que se mostra diariamente através de atitudes

E não por meros e frios números que estão distantes de corresponderem

Às atitudes humanas (reflexos da sabedoria ou de sua ausência).

Abaixo a mediocridade!

Que sejamos verdadeiros amigos da sabedoria – filósofos em essência!

Aos sábios o louvor, ainda que injustiçados pela nota.

Aos medíocres, os futuros lhes darão a sua paga.

Viva a Sabedoria!

Há de se criar uma escola nova sem velhas escalas:

-o saber se conquistará pelo prazer de conhecer;

-o aprender pela necessidade de viver;

-o ensinar pelo gozo de avançar;

-o mérito pelo melhor fazer;

-o demonstrar para a excelência;

- Obra-prima, o mestre formado.

L.L. Bcena, Dezembro de 2000.

POEMA 310 – CADERNO: ROSA VERMELHA.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 15/08/2011
Código do texto: T3161166
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.