Verdades acerca das escolhas do bem viver


Verdades da escolha do bem viver
 
Muitos jamais se darão conta de que, com razoável certeza, jamais a encontraremos em essência total. Infelizmente, destes, uma boa parcela afirmará que já a encontrou, ou que a encontrará em uma espécie de verdade reveladora. Não posso desmenti-los, mas me reservo o direito de não acreditar neles.
 
Entendo que as verdades referentes as nossas escolhas, melhores caminhos, melhores formas de viver nossa humanidade e realizar o nosso social jamais será do mesmo tipo de uma verdade científica, que mesmo sendo impossível de encontrá-la em totalidade, ela existe com certeza, ela está lá, escondida que seja de nossas capacidades de percebê-la, a menos da verdade matemática que está ao alcance. Da verdade cientifica, estaremos dela separados por nossas limitações físicas, tecnológicas e mentais. Agora, aquele tipo de verdade relativa a essência do realizar nossa humanidade e nosso social não se encontra em um único caminhar, posto que múltiplos caminhos e múltiplas escolhas nos levam a realizações positivas. Da verdade humana, estaremos dela separados por nossas limitações físicas e mentais,
 
A verdade da escolha do bem viver é complexa e múltipla e sempre que resolvermos uma escolha, se abrirão múltiplos novos caminhos e múltiplas novas necessidades de escolha, e este é para mim um caminho sem fim, aliás com um único fim, o da nossa morte.
Desta forma estaremos sempre separados de uma verdade definitiva, final e única quanto a essência das escolhas do bem viver. Este é nosso desafio maior, separados desta verdade, labutar conscientemente na procura e nas escolhas que somem valores humanos e sociais a nossa existência e que nos permita chegar cada vez mais perto de alguma felicidade, sem permitir que nossa felicidade possa significar a infelicidade de outro alguém.
 
Isto não pode nos impedir de caminhar, de fazer escolhas, e algumas vezes desistir de algumas escolhas feitas para ousar fazer outras. Isto não pode nos impedir de realizar nosso viver, e muito menos nos levar a um niilismo total ou a um ceticismo tal que nos impeça de fazer escolhas. Temos de fazê-las e seremos eternos responsáveis pelas que fizermos, não podemos entregar nas mãos de outrem, nosso caminhar. Quem se entrega nas mãos de outros não sabe o futuro que lhe chegará. Algumas vezes erraremos e teremos que pagar o preço pelos nossos erros, o perdão e a desculpa podem minimizar nossa mente, mas não desfazem o mal que possamos ter causado por escolhas erradas.
 
Viver é necessário, então mãos a obra, com os pés no chão e a mente criticamente racional para as escolhas que se abrirão continuamente em nossa jornada.
 

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 20/08/2011
Código do texto: T3171750
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