Se sente e se tenta não enlouquecer

Fora de si mesmo, vasculha com maior precisão tudo ao redor

Observa a moradia com entulhos e feridas

Uma bagunça desconhecida que se formou pelos anos que viveu...

Ainda pulsando por sentimentos tão aflorados

Passado o tempo não cronometrado...

Não tenho visto nada de novo,

Rostos e imagens tão endurecidas...

Faces a chorar,

Rosas a despetalar,

E coração insistindo em amar...

De fato não há explicação,

E nem haveria de ter...

Pois o amor não se explica, não se denomina,

Se sente e se tenta não enlouquecer...

Amores que passaram,

Pessoas que caminharam na mesma direção,

E que algum momento se desprendeu de nossas mãos...

No tempo se perdeu, e o coração não esqueceu...

De fato não há explicação,

E nem haveria de ter...

Pois o amor não se explica, não se denomina,

Se sente e se tenta não enlouquecer...

Fernanda Pinheiro
Enviado por Fernanda Pinheiro em 04/11/2011
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