ENTRE OS ESPINHOS E AS ROSAS

Não quero as tuas rosas; quero apenas os teus espinhos. Porque ainda não aprendi suficientemente sobre o teu amor para querer ganhar tuas rosas. Porque, de fato, ainda caminho pelas sombras e meus dias são gris, como um inverno cinza e infinito que não termina. Não quero tuas rosas porque ainda não aprendi o valor de tamanha sentimentalidade e os pesos que ela trará sobre a minha vida. Por certo, na minha caminhada, eis que chegará um momento em que darei - certamente - mais valor a tudo isso e as tuas rosas; sei que chegará um momento em que conseguirei interpretar-te e interpretar-me... de forma tão sintonizada que seremos apenas um. Por hora, na minha falta de sensibilidade, me perco ainda todos os dias; ainda ausento-me de mim mesmo em espaços distantes. Assim, dá-me apenas os teus espinhos, porque somente dessa forma eu terei a chance de aprender a dizer um dia que... Eu quero tuas rosas!