GUITAR MAN
Pessoas velozes passam por mim
As poças da chuva refletem as luzes amarelas da cidade
Uma música antiga (guitar man - Bread) toca em minha memória...
Os rostos voam em direção ao passado
Um homem caminha em câmera lenta...
Sobretudo preto, mãos nos bolsos, barba por fazer, olhar marcante...
O tempo para... As horas se assustam... Um bando de pássaros voa...
A noite é fria, uma cor amarelada toma conta da paisagem
Olhares antigos se cruzam, um sorriso me chama
Corro de braços abertos e vestidos esvoaçantes
Lágrimas se misturam com a chuva fina
A música do pensamento agora soa para quem quiser ouvir
“Amor, que saudade”! É o grito mudo
O abraço dilui a paisagem
O homem se esvai como bruma no mar...
De bruços, ao chão, alguém chora o passado
A chuva lava a calçada, mas não lava a alma...
“Guitar man” ecoa na mente
“Amor, que saudade”! É o grito surdo...