OLHAR PASSAGEIRO IV: A MENSAGEM
Deveria ser quase dezenove horas da noite. Estava num ônibus coletivo superlotado (como sempre nesse horário), e o pior: num engarrafamento escabroso.
Já faziam quase duas horas que estava de pé, num calor insuportável. Pessoas passavam espremidas por trás de nossas costas. E nas costas de umas delas (as que passavam) estava escrito na camisa:
"Quem pensa no próximo, pensa como Deus".
E os ônibus passavam, os prédios passavam, as pessoas continuavam passando...
Só aquela frase não passou.
Marta Cosmo (Itapajé-Ceará)
Deveria ser quase dezenove horas da noite. Estava num ônibus coletivo superlotado (como sempre nesse horário), e o pior: num engarrafamento escabroso.
Já faziam quase duas horas que estava de pé, num calor insuportável. Pessoas passavam espremidas por trás de nossas costas. E nas costas de umas delas (as que passavam) estava escrito na camisa:
"Quem pensa no próximo, pensa como Deus".
E os ônibus passavam, os prédios passavam, as pessoas continuavam passando...
Só aquela frase não passou.
Marta Cosmo (Itapajé-Ceará)