Pensamentos insones

Para os de coração aberto, mente aberta, irritantes, suplicantes e os azuis e os vermelhos (e os incolores também), explico:

esse é um pedaço de liberdade.

É pela necessidade de se expressar, de dizer, de liberar, que viajo por letras que fazem esse leve tec-tec-tec durante a noite. E penso no passado, e nos cadernos, e na falta desses tec-tec-tecs... #comofas

Sim, porque eu tenho android, geração Y/Z, touch screen e internet banda larga. E eu tomo achocolatado enquanto vejo Jim Parsons e atualizo meu status para relacionamento sério. Parece estranho?

E nos finais de semana eu bebo Big Apple e Skol, ou bebo Heineken comendo chocolate branco, e agora, beijo na boca com gosto de Trident e Lucky Strike. É diferente? Sim é.

Porque eu conheço a casa e a rua. Eu tinha a sala, o quarto, a cama e o banheiro. Depois eu vi a lua nascer com cheiro de mato num dia vermelho. E tinha concreto.

Agora tem asfalto e tem um muro gigantesco. Dois muros. E eu, que quase construo um terceiro. E a mesma marreta que começou a juntar Berlim eu vou roubar pra abrir seus olhos.

Tem gosto de quê? Cheiro de quê? Aproveita que esse quê que eu tanto pergunto é o que você já tem e o que de melhor pode ter.

Arroz com feijão, ou arroz com qualquer outra coisa que não seja feijão e que não tenha nada a ver com ele, mas que talvez dê certo. Não é porque não experimentaram antes que não vai funcinar, né? Agora bota pop rock e baladinha com batida eletrônica pra beber. Funcionou? Prova aí! Bebo eu, bebe você. Reticências bem grandes.

Vento nos cabelos e trio de motocicleta com beijos bêbados regados a uma música que eu não conheço ou violões que não se pode gostar.

O que falta para ficar completo? Acho que não tem como saber, porque nem eu mesmo sei dizer... mas, putz! Essa madrugada fria de uma noite quente me incomoda mais do que te incomoda o vento do ventilador.