Para o leitor que faz perguntas e duvida da existência de um Pai da consciência, e lastro da ciência humana, leia essas definições, escritas com perguntas e respostas por um convicto (Luzirmil) da existência de Deus

Inquiridor: Eu não acredito em deuses, muito menos num único, como muitos creem, o que você me diz?
Convicto: Se você crê que tem em si uma consciência, não tens como negar sua ligação com uma,  que é como um lastro transcendente para equilibrá-la. Sua consciência seria como  o dinheiro, sem um lastro de valor real na casa da moeda, nada valeria.
Inquiridor: Ora, não entendi sua resposta. Quem é Deus?
Convicto: Deus, escrito com letra maiúscula é o conjunto de consciências vivas. Com letra minúscula porém, pode ser um ídolo qualquer.
Inquiridor: Como assim? O vocábulo deus tem sinônimo de conjunto?
Convicto: Todos os seres humanos vivos, inteligentes e que raciocinam, quer tenham boa ou má consciência, pertencem a um conjunto, chamado de HUMANIDADE esse conjunto é uma das  identidades de Deus.
Inquiridor: Mas por que a maioria dos humanos adultos crê ser Deus um espírito e como um rei, declaram-no como criador e o entronizam?
Convicto: Tem lógica. Podemos ver na integridade de um conjunto de raciocínios, sua posição, força e comando; daí o entronizamento do vocábulo deus pela força e ação da integridade.
Inquiridor: Mas e a fé dos fundadores da ideologia dos que acreditam? num Criador de todas as coisas em três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo, como se fosse um único rei, o que você me diz?
Convicto:  O crer não é   uma ideologia religiosa, porém ter  na mente a idéia de um conjunto primordial ao qual podemos definir como conselheiro, consultor e base para as consciências equilibradas.
Inquiridor: Nossas consciências vieram desse conjunto primordial? Podem anulá-las?
Convicto: Exato. Assim como esse tríplice conjunto primordial multiplica as consciências em torno de si, pode também eliminá-las.
Inquiridor: Então a regência de tudo e em toda a obra da Criação se faz, inclusive com a força das consciências humanas?
Convicto: Perfeitamente. Nossas consciências, ou nossos raciocínios, quer sejam inteligentes, ou não, estão integrados na força das leis do conjunto, definido como Deus, haja vista nossas participações, variações e métodos de realizações.
Inquiridor: Mas e os mistérios surgidos e observados através dos tempos, nas ações de um ser superior.
Convicto: Não existe um ser superior, porém um conjunto. Ele se compõe de consciências, ou que seja, raciocínios equilibrados, todavia, embasados em um núcleo central, como se fosse um átomo. Com isto pode haver uma ampla variação nas ações de cada pensamento, que num entrosamento de atos e realizações, faz com que haja os mistérios da existência.
Inquiridor: E os seres humanos que morrem? Suas consciências ainda fazem parte do conjunto primordial?
Convicto: Não! Morta uma consciência, ela terá sua trajetória registrada, porém de forma latente, esquecida (como num disco de computador desativado), sem se evidenciar nesse sistema existencial atual, mas arquivada para  num  futuro ser examinada e  julgada pelo conselho consultor.
Inquiridor: A seu ver, as consciências mortas não voltarão a fazer parte de algum conjunto?
Convicto: Oh! Sim! Num tempo  e espaço transcendente certamente haverá dois conjuntos: Um será chamado de “Conjunto da Luz”, o outro de “Conjunto das Trevas”, ou seja, “Deus da Luz” e “Deus das Trevas”. Ambos serão compostos de consciências humanas, que morreram, ou seja, que ficaram em latência no esquecimento, mas voltaram às ações. As primeiras para uma vida eterna de bem as segundas para um  sofrimento jamais sentido  aqui! Convém salientar que toda dor é percebida pelo espírito, ou pela  consciência. Nossa carne é apenas o recipiente do nosso ser.
Inquiridor: Se eu crer em Deus da forma que todos creem, qual será minha vantagem?
Convicto: Se creres com sinceridade e tiver uma boa consciência fazendo parte do “conjunto ativo”, terá dessa crença valores inestimáveis, mormente para as realizações de seus ideais em meio à humanidade; e futuramente, certamente serás examinado e absolvido. Tal absolvição lhe  dará condições de ir para a dimensão do bem.
Inquiridor: É. Dá pra se ter uma ideia de seus raciocínios. Afinal crer na consciência é um fator lógico. Nesse caso, os chamados crentes seguem essa definição?
Convicto: Nem todos. Pra você ter uma idéia mais profunda da existência de Deus, é necessário crer em si próprio, isto é: acreditar que você existe e fazer ações que o conjunto (nós , a humanidade) possa assimilar e não rejeitar.
Inquiridor: E alguns fatos sobrenaturais que acontecem, os quais os humanos legam ser de autoria de Deus. Pode me explicar?
Convicto: A conjuntura de toda a existência, englobando inclusive milhares de galáxias com suas estrelas e seus mundos, tem sobre eles o comando do conjunto, que é formado por um núcleo primordial, orbitado por milhões de consciências universais. Tal movimento pode gerar fatores desconhecidos, tais como mudanças ou interações complementares sobre a vida dos seres humanos, já que cada um tem sua participação na energia material do cosmo e a espiritual do ser.
Inquiridor: E a salvação da alma? que muitos pregam, fundamentados na Bíblia Sagrada. Que noção você me passa a respeito?
Convicto: Cada consciência é um composto, ou que seja um “espírito, ou ser”, cada um faz parte do conjunto, que poderá no futuro orbitar num arco-íris de luz,onde só haverá o bem, ou num saco de carvão (*região escura do Universo), onde só haverá o mal e o sofrimento. Tudo vai depender das ações de cada consciência, que num rescaldo final, elas, em sí mesmos, se orientarão para uma ou outra dimensão
Inquiridor: Qual a diferença entre fazer parte num e noutro conjunto?
Convicto: Se você tiver a noção do que significa “viver feliz” ou “viver infeliz” poderá definir duas diferenças . A primeira pertence ao maior bem, a segunda, ao mal e tudo de mais ruim. Ambos os conjuntos, no futuro do tempo transcendente, serão eternos.
Aconselho a crermos em Deus para  que tenhamos uma boa consciência!

*Saco de carvão defini  uma região escura abaixo da constelação do  Cruzeiro do Sul. (Os astrônomos dizem que é uma extensa região sem estrelas)

Coimbra “O Peregrino de Luzirmil” - 22 de julho de 2001