O manifesto do filho de Maria

O menino de visão torta, cujo nome de filósofo espelha-se na sua mente fértil e inquieta, sonha alto por imaginar que além dos seus desejos há uma estrada pela qual continua caminhando os seus sonhos meio que indecifráveis, ilegíveis ou até superficiais - mesmo que eu afirme com todas as palavras cabíveis dentro dessas linhas disformes que quando o assunto é extrapolar sua visão além do necessário, tudo o que se tornara impossível, desde então, transforma-se, inevitavelmente, em todas as milhares de possibilidades das suas vontades adquirirem o poder de lhe satisfazerem. E, desta maneira, percorrendo as lacunas provavelmente tresloucadas das veias artísticas do filho de Maria, isto é, o menino em questão, espera-se encontrar a inspiração necessária, segundo o mesmo, que faça evitar àqueles que bebem da sua fonte de letras minúsculas envolvendo literatura underground continuar a olhar de maneira linear em direção ao próprio umbigo, como se o contorno do mesmo representasse não só o mundo pessoal de quem o possui, mas também todos os outros o circundando em meio a estes universos paralelos tumultuados que vivem se esbarrando um ao outro, cujas raízes são regadas às vontades incessantes que transcorrem submersas às fraquezas humanas e ao estrabismo coletivo.

NietzscheCywisnki
Enviado por NietzscheCywisnki em 06/03/2012
Reeditado em 06/03/2012
Código do texto: T3538079