Marcas
Ainda sinto na alma o desejo daquela noite, foi eterna liberdade, e foi eternidade de prazer.
Sinto seu corpo no meu, e sinto minha boca na tua, você me fez submisso, e eu aceitei suspiros, gemidos, prazer, vontade de mais...
Eu sucumbi à sanidade e fui tão sádico, tão libertino, senti meu corpo como nunca antes, me perdi de prazer e me encontrei entre a sanidade e a loucura, uma loucura tão gostosa que procuro sempre me perder pra poder encontrá-la.
Na rua eu me dispo da gentileza e me torno insatisfeito à procura do prazer, me encontro na noite, no escuro da alma, no silêncio do quarto e nos gemidos de prazer.
Me privo de estereótipos, e me entrego ao acaso, sou pouco sutil, e a fome que me toma me faz outro eu.
Prazer sou o desejo do proibido, a vontade do mais, a sensação do desconhecido, eu sou a luxúria, a insanidade, o desejo do corpo, a insatisfação da alma...
Eu quero mais que o amor, eu quero sexo, quero o prazer, a satisfação momentânea que sempre pede mais que eu posso ter.
É assim que vivo, os meus pecados são meus, as minhas angústias são minhas, o proibido não existe e devo satisfações somente ao meu corpo.
Julgo o necessário por acaso, e me desfaço de preocupações tolas, eu vejo o mundo sem amarras e me desprendo de uma maneira tão insana que me permito a tudo. O que preciso levo na mão, no corpo, na vontade do mais, e na angústia do pouco. Eu quero mais! E quero essa sensação do proibido, eu me permito errar...
Onde estiver aquela sensação de prazer... De corpos transpassados, do suor, da fadiga, do anseio do mais, do êxtase e do gemido final...
Não me permito lembrar, só me permito viver do agora, o ontem já se foi a muito tempo, e já deixei um pedaço de mim a cada um que passou, cada pessoa que passa, leva um pedaço do que já fui e deixa uma pedaço que remonto dentro de mim... Eu tenho em mim, uma parte de quem já passou e outra parte espera ainda ser completada.